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2/ 04/ 2019

Pesquisa do Ipat acusa melhoria na avaliação turística de Santos

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A quase totalidade dos turistas recomenda Santos para amigos, parentes e conhecidos, e pretende retornar por considerar a cidade bonita, com boa infraestrutura, qualidade de vida, belezas naturais, e variedade de atrativos turísticos e históricos.

Em apenas seis anos, melhorou consideravelmente a aprovação de turistas em relação a Santos, de acordo com o resultado de levantamentos do Instituto de Pesquisas A Tribuna (Ipat), realizado no carnaval com 501 turistas, 270 dos quais hospedados em cinco hotéis da cidade.

A pesquisa encomendada pela Setur (Secretaria de Turismo) foi analisada hoje (2) pelo secretário Odair Gonzalez, que comparou os resultados com os de levantamento similar realizado em 2013 pelo Nese (Núcleo de Pesquisa e Estudos Socioeconômicos), da Universidade Santa Cecília, envolvendo 402 turistas, também durante o carnaval

Além dos 270 hóspedes, foram ouvidas 227 pessoas que alugaram apartamento, estavam em casa de familiares ou amigos, ou vieram passar apenas o dia na cidade. Esse grupo foi abordado pelos pesquisadores no Aquário, Orquidário, Centro Histórico, Praça das Bandeiras e Posto de Salvamento 3, onde funciona o Posto de Informações Turísticas (PIT) do Gonzaga e o ponto de embarque da Linha Conheça Santos.

Nada menos que 98,6% dos entrevistados recomendariam a cidade para outras pessoas e 95,2% pretendem retornar. Santos, como um todo, recebeu a aprovação de 22,7%, que responderam ‘tudo’ à questão sobre o que mais agradou o turista, quando há seis anos, essa foi a resposta de apenas 7,9%. Reforçando a opinião positiva, 53,6% dos entrevistados afirmou ‘nada’ à pergunta sobre o que mais desagradou em Santos – em 2013, essa foi a resposta de 28,3%. A presença de população de rua (19,4%) e a sujeita nas praias (11,1%) ficam em segundo e terceiro lugares na crítica dos entrevistados.

MAIOR RENDA – A cidade está atraindo turistas de maior poder aquisitivo do que há seis anos – 35,6% informaram renda familiar entre R$ 4.991,00 e R$ 9.980,00, contra até R$ 3.390 em 2013 –, manteve o interesse do público entre 36 e 45 anos (25,4% contra 22,89%), mas agora tem, em segundo lugar, visitantes entre 56 a 65 anos, quando nessa posição, há seis anos, figurava a faixa etária entre 18 e 25 anos.

A maioria estava hospedada em hotéis (51,1%), pousadas (2%), hostels (1%) e pensões (0,2%), enquanto 27,6% encontravam-se na casa de familiares e amigos, 11,1% vieram passar o dia e 5,2% alugaram apartamento – a amostragem aleatória também envolveu turistas de navios de cruzeiro.

A quantidade de pessoas que já conhecia a cidade passou de 64,1% em 2013 para 67,7% - 38,1% costumavam retornar uma vez a cada semestre, frequência que hoje envolve 56,4% dos visitantes. A média de permanência manteve-se entre três e sete dias (73,81% em 2013 e 54,1% atualmente), mas aumentou o percentual dos que ficam na cidade até dois dias (15,8% para 43,3%).

CENTRO EM ALTA – O Centro Histórico desperta hoje mais interesse nos turistas do que seis anos atrás – 33,6% contra 13,1%, levando-se em consideração apenas o Museu do Café, Linha Turística do Bonde e Complexo Turístico do Monte Serrat. “Com a citação do Museu Pelé por parte de 16,6% dos entrevistados, essa região atraiu a atenção de nada menos que 50,2%. Como o equipamento foi inaugurado em junho de 2014, ficou fora, portanto, da pesquisa anterior”, frisou o o secretário.

A opção por passar o Carnaval em Santos deveu-se à praia para 77,2% dos entrevistados, contra 24,1% há seis anos, e a grande maioria deslocou-se em carro particular (78,8% e 51,3%, respectivamente), com o índice dos que permaneceram na cidade antes ou após cruzeiro marítimo similar aos que chegaram em ônibus e excursão (2% e 2,4%).

Embora a estadia anterior tenha sido determinante para a opção por Santos durante o Carnaval (38,7% contra 34,62% em 2013), o Portal de Turismo de Santos, a internet e as redes sociais contribuíram para a decisão de 23,2% - quando há seis anos, esses índice foi de 16,5%.

A pesquisa do Ipat indicou ainda que Santos foi a opção de 42,7% dos entrevistados, que nos dois últimos anos não se hospedaram em hotéis de outras cidades para turismo, contra 37,4% em 2013. Para os 57,3% que viajaram nesse período, Santos foi considerada melhor do que a última cidade visitada nos quesitos infraestrutura urbana (42,5%), comércio (45,3%) e facilidade de acesso (50,2%).

APROVAÇÃO - Também foram aprovados os serviços de limpeza das ruas (82,4%, contra 71,8% em 2013), limpeza das praias (63,2%, 62,8%), segurança (79,8%, 73,8%), sinalização turística (83,6%, 72,6%), táxi (31,1%, 28,1%), telefonia (84,8%, 82,5%), diversões noturnas (59,3%, 57,5%) e vias de acesso (88,4%, 75,3%). Foi registrado decréscimo na aprovação dos itens comércio (79%, contra 87,9% há seis anos), restaurante (87,4%, 91,1%) e hotelaria (58%, 92,1%).

Reforçando o fato de a cidade atrair famílias ou grupo de amigos, cresceu o índice de turistas que viajava com mais duas pessoas (21% em 2013 contra 26,1% em 2019) e com mais três acompanhantes (14,3% para 24,4%) – em seis anos, reduziu de 45,1% para 32,1% o índice dos que viajavam com apenas mais uma pessoa.

São Paulo e sua região metropolitana mantém-se como as principais emissoras de turistas para Santos, com 53, 8% dos entrevistados (38% em 2013), e o estado respondeu por 87,2% dos visitantes, ficando o Rio de Janeiro em segundo lugar (2,4%)

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