Guará vermelho com a floresta no fundo
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Grupo de observação de aves vem a Santos e se encanta com espécies de manguezais

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Composto por biólogos, veterinários, fotógrafos e pessoas que buscam aproximação com a natureza, um grupo de estudo de observação de aves se encantou com os pássaros vistos nos manguezais de Santos. Com cerca de 30 pessoas, vindas de diversas regiões do Estado, o evento Avistando 2025 teve como destino a Ilha Diana, em busca de aprendizado sobre toda a biodiversidade do manguezal, incluindo botânica e fauna.

O grupo percorre locais para observação das aves, comunidades e seus costumes. Neste ano, foram 16 cidades visitadas, sendo que Santos a única do litoral sul e com alta incidência de aves de manguezais. A atividade de observação de aves foi considerada diferente das outras, já que grande parte da visita foi à barco.

Após a observação das aves, os participantes trocaram conhecimentos em uma palestra denominada ‘Coexistência humano-fauna em Santos: gavião-asa-de-telha’, ministrada pela médica veterinária da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade de Santos (Semam), Michelle Meletti Vieira.

Segundo ela, muitos participantes relataram terem visto espécies pela primeira vez. “Por ser uma área bem específica de mangue, o que não ocorre em outras cidades visitadas, muitos participantes ficaram encantados. Uma experiência certamente marcante para todo o grupo”, explicou.

Durante a atividade de observação guiada pelo biólogo e ornitólogo Bruno Lima, foram observadas diversas espécies que vivem em manguezal como guará, garça-azul, colhereiro, savacu-de-coroa, águia-pescadora e maçarico-pintado; este último ave migratória que vem do pólo norte para o Brasil em setembro, em busca de alimento.

As visitas em Santos acontecem a cada ano. A organização local é feita pela Semam, em parceria com o Instituto Suinã. Além de ser um evento coletivo que proporciona troca de saberes e reconexão com a natureza, o “Avistando” busca fortalecer a comunidade local. A Ilha Diana foi escolhida por ser uma pequena comunidade de pescadores, com sua simplicidade, tradições e cultura caiçara, e por possuir grande presença de aves de manguezal.